segunda-feira, 15 de abril de 2013

Portugal tem cerca de 40 mil crianças sobredotadas

Declarações do presidente do Instituto da Inteligência Em Portugal existem cerca de 40 mil crianças sobredotadas mas, segundo os especialistas, a maioria não está identificada. “A lacuna principal é a falta de conhecimento do fenómeno. Há muitos tipos de crianças sobredotadas e temos poucos especialistas para as detetar. Devia haver formação específica entre professores e psicólogos que destrinçassem entre os diferentes tipos de sobredotados”, afirmou à agência Lusa o presidente do Instituto da Inteligência. Calcula-se que ao todo, em Portugal, sejam entre 30 a 50 mil as crianças até aos 12 anos que são sobredotadas. Para Nelson Lima, além da falta de informação e formação, há ainda muitos mitos, como o de que a criança sobredotada “tem de ser boa em tudo” e, caso não o seja, já não se considera sobredotada. No entanto, há crianças sobredotadas que manifestam uma inteligência geral, ampla, diversificada, enquanto outras dirigem o seu talento apenas para uma área específica, sobretudo para as artes, como a pintura, a dança ou a escrita. “Geralmente, estes sobredotados talentosos definem uma área de vida e uma trajetória à qual se dedicam inteiramente. Apaixonam-se por uma área e dedicam-se a ela”, disse Nelson Lima. Para o presidente do Instituto, o problema existe no grande número de crianças sobredotadas que, finda a adolescência, “ficam sem saber o que fazer”. “É importante ajudar a definir o projeto de vida, apelando à sua imaginação e à descoberta de quem são. E a forma como a inteligência se manifesta, se é mais analítica, mais prática”, referiu. Vários estudos revelam que, apesar da grande expectativa gerada na infância, muitos dos sobredotados apresentam, mais tarde, um grau de insucesso igual ou maior ao das outras pessoas. Para Nelson Lima, a escola que tem um papel muito importante na trajetória das crianças sobredotadas, preparando um caminho para as orientar no futuro. “Quando se fala de sobredotados, a atenção é centrada nas crianças. À medida que entram na adolescência, deixa-se de falar no assunto, mesmo que estejam detetadas. A partir de uma certa idade há um certo abandono, estão um pouco por conta própria. E não se potenciam as suas capacidades e inteligência”, disse ainda o presidente do Instituto da Inteligência à agência Lusa. ALERT Life Sciences Computing, S.A. (11 Abril 2013)

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